segunda-feira, 31 de março de 2014

Super heróis

Mais novo - bem
Mais velho - varicela
Mamã - rendida ao vale dos lençóis
Papá - o herói 

Sexta feira o nariz entupido já se fazia sentir com espirros à mistura, e a garganta sentia-se um tanto ou quanto apanhada. E claro, a dor de cabeça, essa "amiga" que me adora (o sentimento não é recíproco... at all!!!).
Jantar de amigas marcado há mais de um mês, naquela Hamburgueria que já tinha ouvido falar (muito bem). De modo algum que aquelas horinhas tão desejadas, sem filhos e marido, com amigas, mulheres companheiras e tão cúmplices iriam ser desperdiçadas por causa de espirros e narizes entupidos. Fui e valeu todas as horinhas que tive que ser escrava dos lençóis, dores de cabeça, costas, mais espirros e nariz mais entupido.
Não cheguei tarde a casa, porque o papá entrava de madrugada no trabalho e porque a tentativa de ir a um bar a seguir ao maravilhoso jantar (confirma-se a qualidade do sítio) saiu furada, uma vez que a música ao vivo que se fazia ouvir, fazia-se ouvir de maneira a dar cabo do tímpano de qualquer pessoa e da garganta também, que para comunicarmos tínhamos mesmo que berrar. Decidimos ir embora. Papá acordado, que o mais novo não se dava dormido. Sussurrámos um pouco e recebi a notícia que tinham aparecido umas pintas vermelhas na zona das virilhas e arredores do mais velho. Pensámos logo na maldita, até porque o rapaz andava já há um par de dias a queixar-se e a coçar-se muito, ainda que não houvesse qualquer vestígio. Na manhã seguinte... mamã a pagar pelo pecado, dá conta que as pintas alastraram e que a comichão aumentou. Nada de febres. Papá chegou do trabalho e médico com ele. Confirma-se a varicela. Papá entra em modo herói, mamã modo cama, V. modo varicela e D. modo ele próprio.
E o que é que acontece quando uma mamã passa dois dias de cama e três homens andam à solta em casa (ainda que um seja em modo herói, e outro em modo varicela)? Ficamos com uma casa caótica, sim porque o herói não deixou faltar nada, mas falta aprender a conjugar o não deixar faltar nada com alguma organização e arrumação.
E aqui percebo que nós mulheres somos invarialvelmente super-heroínas-a-dias (não desvalorizando jamais o herói por dois dias que por lá pairou, merece todos os créditos).
E o que me vale é que hoje é dia de empregada... outra heroína da minha vida, faz milagres lá por casa.

sexta-feira, 28 de março de 2014

Filhos

Estou de volta... não sei por quanto tempo, muito, pouco... não interessa, estou de volta!
A vida... a vida está com um sabor agridoce! Mas por enquanto vamos só virar para a parte doce da coisa.
O meu pequenino conta com 9 meses e são nove meses carregados de simpatia, olhos azuis (como o mano), muitos sorrisos, bochechas boas, refegos, choro, dois dentinhos, um torcicolo, fisioterapia, maminha, gritinhos, boa disposição, papinha da boa e como não podia deixar de ser e mantendo o registo de até então, noites mal dormidas, muito mal dormidas (tinha que sair ao mano).
O meu grandito, a semanas de fazer 5 aninhos está um must! Está crescido, não em tamanho (continua a ser o meu mini), está crescido na atitude, postura, nem sei explicar. Está um menino crescido e não um bebé grande. Joga futebol e anda na natação, adora (cada vez mais) chocolate, no carnaval foi o homem aranha, continua (cada vez mais) teimoso, questiona tudo com "porquês, o que é isto, isso, aquilo", tem que saber tudo, já sabe contar bem até 20 e já aprendeu que não é 20 e dez, nem vinte e onze, já sabe somar e já sabe a maioria das letras, é aluado como o pai e tem um coração enorme como o pai também, é muito sensível e porta-se muito bem quando vai para a casa de amigos ou família (sem os pais e para orgulho dos pais), está cada vez mais independente o que é bom, mas assusta-me porque é e será sempre o meu bebé.
O meu pequenino e o meu grandito juntos, 4 anos de diferença. O mais novo conhece o mano desde sempre, o mais velho não, mas é como se conhecesse. Já não sabe viver sem o mano. Se não está, pergunta logo por ele. Quer que ele esteja onde ele estiver. Gosta de ir brincar para dentro do parque com ele. Adora exibi-lo. Fica aflito quando o mano chora e é o melhor a acalmá-lo. Quer dormir com ele e quando acorda a primeira coisa que faz é, ainda deitado, passar o bracinho por cima da barriga dele, aconchegá-lo a si e dar-lhe beijinhos, muitos. As manhãs são o melhor do meu dia. No meio da azáfama para nos despacharmos, o momento em que eles acordam, que se olham, riem, brincam valem todos os minutos (e mais fossem) com que chego de atraso ao trabalho. Parar para vê-los a serem felizes compensa tudo, tudo, tudo mesmo (incluindo pensamentos menos próprios quando quero, quero não... quando preciso de dormir e os malandros não deixam). São os melhores amigos e são os melhores filhos do mundo.