sábado, 13 de julho de 2013

I'm back... and happy :)

Está tudo bem, embora tenha andado desaparecida!!
A verdade é que a vontade de escrever não tem existido, ao contrário da vontade de ler os meus blogs de eleição... essa nunca desaparece.
Novidades??? São mais que muitas... vamos lá!
Filho mais velho fez 4 aninhos. Foi um dia muito feliz, o rapaz andava encantado e a mamã também. Fizemos uma festinha na escola. Contratámos uma empresa de animação, que tratou de tudo. Tivemos direito a teatro com marionetas, balões, pinturas, correrias, gritos, brincadeiras, bolinho (feito pela mummy), sorrisos e gargalhadas, muitas :)... tão bom :)! A barriguinha na altura contava com 34 semaninhas, também teve direito a pintura, que ficou linda (depois mostro). Já estava de baixa... as contracções já estavam a ser mais que muitas! O papá foi um fofinho e arcou com muita coisa... foi o faz tudo! Eu estava mesmo limitada nas actividades pela minha doutorinha :). Os meus papás foram uns fofinhos também (como sempre) e ajudaram e continuam a ajudar no que podem e no que não podem! Filhito mais velho já ia acusando alguma ansiedade com a aproximação do nascimento do mano e as birras e chamadas de atenção eram mais que muitas, o que era naturalmente normal, mas mega cansativo.
E pronto, desde aí até ao dia D foi tratar de tudo, uma vez que deixei para o fim, para variar e como típica portuguesa que sou, todas as arrumações a arranjos próprios na espera de um bebé: arranjar o quartinho, comprar movéis e outras coisas, tratar das roupinhas, fazer a mala para o hospital, tratar do kit das células estaminais e pormenores, que são sempre mais que muitos!
Passados 2 meses certinhos do dia do último post que escrevi, voilá, nasceu o meu novo amor!
Dia 18 de Junho o D nasceu às 13:48 de parto normal (e mega rápido, diga-se) com 3240gr e 50 cm... lindo e perfeitinho. Foi mais um momento mágico mas que fica para contar num próximo post.
Fica desde ja prometido o relato e fotos destes quase 3 meses de ausência.
I'm back... and happy :).

quinta-feira, 18 de abril de 2013

4

... são os dias que faltam para o teu aniversário!
... é o número de anos que fazes!
E como o tempo passa,
Parece que foi ontem!
e realmente alguns clichés fazem todo o sentido


sexta-feira, 12 de abril de 2013

About me...

Sou hipocondríaca, assumida!!! Piorei desde que tirei o meu curso, psicologia clínica, a primeira vez que o digo aqui!!! Agravou-se com a maternidade!!
Quem me conhece já sabe como sou e funciono relativamente a este assunto!
A minha colega e amiga, já me pergunta no gozo, "qual é a dor de hoje"??!!
E isto para dizer que nesta gravidez sinto que tenho tudo... vai na volta não tenho nada, mas na minha cabeça tenho tudo!! Esta gravidez não me está a saber tão bem (nada mesmo) como a primeira! Não faço disso novidade e reforço todos os dias... a minha veia "vitimizante" a vir ao de cima, tá sempre à tona... essa é que é essa!
Se hoje a minha colega e amiga não estivesse com uma otite e tivesse vindo trabalhar e me tivesse perguntado qual era a dor de hoje, a resposta seria: "passei a noite agarrada às bordas da sanita, com uma caganeira brutal, mega nauseada e com uma dor de cabeça terrível"!
Hoje, à falta da minha colega e amiga, precisava de dizer isto a alguém!!!
No momento e após uma manhã a repousar em casa estou melhor e já no meu local de trabalho :)

quinta-feira, 11 de abril de 2013

*momentos únicos*

Têm sido mais que muitos... eu tento rascunhá-los logo para depois vir aqui escrever para a posteridade :)

"mãe linda e fofa do meu coração" - acho que já aqui disse mas nunca é demais reforçar :);

Pela altura do dia dos namorados:
Educadora - "Os namorados existem para..."
Filho - "fazerem os corações felizes!!!" - um orgulho, right? Sinal de boas referências ;);

Avó - "bla bla bla, oh puto..."
Neto - "Puto???? Ai ai oh putinha!!!" - santa inocência a provocar gargalhadas imensas na avó;

"mãe tu és um bocadinho velha, não és??" (e junta o polegar e o indicador a modos que a enfatizar o "bocadinho") - se achas isso de mim com 31 anos GOD tou tramada!!!;

Final da 1ª aula com professora de ginástica nova:
"Sabes, tu és muito bonita" - "safadjinho" Don Juan;

Tio FERNANDO a encher as rodas da bicicleta para ele andar (é necessário destacar o nome):
"mais rápido, oh ZÉZINHO!!! - mas isto são saídas de um puto com 3 anos... vá, quase 4??!!!

Entra na sala com o braço na testa a dramatizar:
"vou desmaiar" e atira-se para o sofá - mas como é que ele sabe o que é desmaiar e como é que ele consegue teatralizar isso??? Já disse que ele tem 3 anos???

Após ir buscá-lo à escola, a caminho de casa:
Moi - "então filho, como correu a escolinha hoje?"
O gajo - "bem e pronto não há mais novidades" - tipo chega, não perguntes mais nada. E por ali me fiquei;

Moi a falar com avó ao telefone sobre avô que estava doente com uma gastroenterite. Filho brinca ali por perto. Finalizado o telefonema, chega-se perto de mim:
"oh mãe o vovô tá doente??"
"sim filho."
"puquê?"
"olha vomita muito e tem diarreira" conceitos que ele já conhece.
"pois (um pois que só ele sabe fazer, a entortar a cabeça e esticando a mãozinha), então é melhor ele pôr um penso no rabo"
Desfiz-me e lá liguei à vovó a transmitir o conselho do neto!! Avô cagou-se (como se pode prever, literalmente) a rir eheheheheheh;

Com o meu telemóvel na mão, puxa-me a camisola para cima, deixando a minha barriga a nu. Encosta o telemóvel aos olhos e diz "mano ri-te para eu tirar uma fotogafia" - delicioso;

Ao ser contrariado, pirralho cruza os braços, começa a bater o pé, faz beicinho e diz em alto e bom som "já estou a ficar enervado".

E pronto estas são as que vou conseguindo apontar, porque existem mais... pena a cabeça não conseguir absorver tudo... principalmente memória de grávida!

Nota importante para quem lê... se é que alguém lê isto: eu sei que isto não tem piada nenhuma para quem simplesmente lê ... mas para quem vive, é demais, são momentos deliciosos e exclusivos da minha cria que gostaria de eternizá-los para que ele próprio leia um dia e talvez ache piada. Serve como disco rígido para nós, família, e para ele. Agora é esperar que ele ache piada à sua mamã um dia ter-se lembrado de eternizar-lhe os momentos... ou não!!! 

quarta-feira, 10 de abril de 2013

me and my things...

A vontade de escrever não é muita. Novidades sem grande relevância. As hormonas estão ao rubro e o humor está para lá de instável... nem a mim própria me aturo. Vamos em 29 semaninhas e 3 dias de barriguinha e isto não tem sido fácil, must admit! Enquanto que a primeira gravidez foi maravilhosa (mesmo não tendo ido até ao fim), esta não me tem dado grande prazer... o único que tenho é mesmo sentir a minha criaturinha, bem mais mexido que o primogénito, diga-se!!
Estou a ficar mega stressada... não tenho nada preparado, a não ser o kit das células estaminais, que chegou ontem. Deste mandei vir mais cedo, não vá o diabo tecê-las como fez com o mais velho e me venha prematuro também. E é isso que me tem dado a volta à cabeça. Já fui 2 vezes ao hospital, ambas durante a noite com contracções mega imparáveis (como nunca senti com o V.). Repouso, extra dose de magnésio e se voltar a acontecer, retornar ao hospital (já voltou a acontecer mas fiquei em casa). Repouso... complicado, trabalha-se ainda e em casa e com os horários do homem sobra muito para mim, embora reconheça o esforço do fofinho quando está para me poupar... tem sido mesmo exemplar. Magnésio... tirando as vezes que me esqueço (mea culpa) corre bem. E pronto, chatices e irritações no trabalho não faltam, cabecinha a mil ocupada em organizar, planear, estruturar não falta, angústias e ansiedades sobre o que já deveria estar feito para a chegada do pequeno também não. NÃO ESTÁ MESMO NADA PRONTO!! Nem uma roupinha que o puto tem lavadinha! E eu sei que agora é que é suposto começar a organizar, na teoria ainda faltam dois meses... mas na prática eu vivo com o fantasma da prematuridade. E a sorte no primeiro é que tudo ficou pronto no dia anterior ao seu nascimento... ainda com uns pormenores a faltar, mas tudo em ordem. E este se segue os passos do irmão, coitado! Enfim, mas eu sei que tudo se arranja, no caso de ser preciso! Mas estou prenha e uma prenha tem que ter sempre sarna para se coçar e para embirrar e para chorar e tudo e tudo e tudo!! Conseguem agora perceber minimamente o meu estado! Sinto a minha cabeça completamente caótica... aaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh (isto é um grito)!

terça-feira, 26 de março de 2013

Irmãos

Filho mais velho faz festinhas e fala para a barriga... mais novo responde como sabe, dá pontapés! Mais velho ri-se e repete :) manos a comunicar. Lovely 


quinta-feira, 21 de março de 2013

Holter

"Monitor Holter é um dispositivo portátil que monitora continuamente a atividade elétrica cardíaca de pacientes por 24 horas ou mais. Seu período estendido de gravação é muitas vezes útil para observar arritmias cardíacas ocasionais que seriam difíceis de serem identificadas em um período de tempo menor, como em um exame de eletrocardiografia(ECG).
Assim como a eletrocardiografia padrão, o monitor Holter registra os sinais elétricos do coração através de uma série de eletrodos presos ao tórax. O número e a posição dos eletrodos varia de acordo com o modelo do aparelho, mas a maioria dos monitores Holter utilizam três a oito. Estes eletrodos são conectados a um pequeno receptor que é preso ao cinto do paciente, que é responsável por manter um registro da atividade elétrica cardíaca durante o período de gravação.
Os dispositivos antigos costumavam gravar os dados em uma fita cassete. Os modelos mais atuais utilizam dispositivos de memória flash para a armazenagem dos dados. Os dados são enviados para um computador que os analisa automaticamente, contando os completos de ECG, calculando estatísticas como frequências cardíacas média, mínima e máxima e procurando áreas candidatas interessantes ao estudo posterior realizado por um técnico.
Existem monitores para gravar 24 horas e 30 dias no mercado.
Além de utilizar o dispositivo, a maioria dos pacientes é solicitada para escrever um diário com suas atividades diárias como corridas, sono, sintomas e horários em que os sintomas ocorrem.
Essa informação é usada pelos médicos e técnicos para rapidamente selecionar, no meio da grande quantidade de dados registrados pelo monitor, áreas de interesse para análise do traçado eletrocardiográfico."

Informação retirada da Wikipédia


Isto tudo para comunicar que tenho um destes pendurado ao peito desde ontem, dado ter-me queixado à minha obstetra e ela realmente ter verificado, que tenho um ritmo cardíaco acelerado e que tenho palpitações que surgem do nada, mesmo em situação de repouso. Aconselhou-me a consultar um cardiologista, e coincidência da coincidências, existe mesmo um no consultório dela, que tem o gabinete mesmo ao lado do dela e que por acaso é marido dela. E ainda bem. Fica tudo em família... é tudo muito mais prático, rápido e tal como a esposa, ele próprio é um fofinho. Após electrocardiograma e ecocardiograma feitos aconselhou-me mais este exame para ver se tenho arritmias e perceber se sou acelerada por natureza ou não.
Claro que hoje até foi dos dias que melhor dormi, palpitações ainda não senti e estou convencida que hoje vão teimar em não aparecer, enfim. Espero é que esteja tudo bem e que seja a minha ansiedade a fazer das suas e mais nada.

terça-feira, 19 de março de 2013

E agora para o papá lá de casa

Pois é...
Eu "estrabucho", eu refilo, sou azeda, exigente, mas também sei que dás o teu melhor e que o teu melhor faz o nosso filho feliz, porque o teu melhor é sem dúvida o melhor que há!
És o herói do nosso filho - papel repartido pelo tio, mas que sabes, exemplarmente e com toda a humildade partilhar - és o porto seguro dele, és com quem ele partilha traquinices, és com quem ele mais gosta de jogar os "anji buds", és quem lhe dá os beijos molhados que ele não gosta mas que nunca os deixa de dar ou pedir, és o cavalinho preferido dele, és o trampolim preferido dele para as suas cambalhotas e voos, és quem ele mais gosta que lhe conte histórias, és com quem ele mais gosta de ouvir heavy metal às escondidas e à revelia da mamã, és com quem ele mais gosta de partilhar as suas maluquices e momentos de doidice extrema, és quem com quem ele mais gosta de dormir (me included).
És o pai mais meigo, mimoso, meloso, ternurento, pachá, paciente, relaxado, compincha, cúmplice, brincalhão que existe, mas também és o pai que ralha, que levanta a voz, que mete de castigo, que explica o "não", que impõe limites e regras... és quem partilha comigo a brincadeira e a educação, a maior tarefa das nossas vidas. E és um óptimo parceiro nesta aventura da parentalidade. Fazemos uma boa dupla! Acho que estamos a ser bem sucedidos, no meio de muitos erros nossos convenhamos, estamos a criar um ser educado, respeitador, mas muito brincalhão e bem disposto! Acho que temos conseguido porque acho que o nosso filho é muito feliz! Obrigada por isso! Esperemos conseguir fazer o mini-ser que aí vem tão feliz também!
Tenho muito orgulho em ti! Só eu sei e conheço o brilho dos teus olhos quando falas nele e para ele, mas principalmente quando lhe dizes que o amas e que ele é o teu tesouro... imagem única e só e tão minha :).
Feliz dia do pai e que se divirtam muito hoje na vossa actividade a dois na escolinha... depois quero saber tudo!!


Para o meu papá

So true <3

segunda-feira, 18 de março de 2013

Não está facil, não!!

Anda complicado isto por aqui em termos do teu comportamento. De um dia para o outro parece que te transformaste. Tudo, mas TUDO é motivo para birras. Não sabes ouvir um não que começas logo a chorar... ainda estamos a enrolar o "n" já estás aos berros. Faz parte eu sei... é uma fase - mais uma - estás a aprender a lidar com frustrações e o muito que ficas diga-se! Eu, salta-me logo a tampinha... a paciência não é muita, tenho as hormonas aos saltos, o barrigão já me vai limitando, enfim! Papá e eu tentamos arranjar um equilíbrio .. temos conseguido fazer uma boa dupla... temos que nos mostrar unidos e firmes! Sim, porque já chegaste aquela fase em que quando com um de nós não resulta, vais tentar o outro, a pensar que nos enganas.
Isto desgasta... pfffff, que canseira! E eu que cada vez mais preciso de descanso... o corpo tanta vezes diz pára, senta-te um bocadinho, relax! Mas com um vivaço como tu, é muito complicado! Acordas com as baterias ao rubro, durmas as horas que dormires. Aquele estado meio mole em que ficamos quando acordamos não existe na tua pessoa. Passas do 0 aos 100 num segundo. Verifica-se o mesmo registo durante o dia inteiro e à noite o sono tarda a chegar. Se for preciso à meia noite ainda estás acordado. Se te formos deitar às 22h, ficas entre hora a hora e meia para adormeceres. Adormecemos primeiro nós se for preciso, quando é o papá é certo e sabido. Às 9:00 da matina começa o ragabofe. Aliás antes, porque a determinada altura da noite (mais cedo ou mais tarde) vens ter connosco à nossa cama. E o dormir não é mais o mesmo, porque adoras estar em cima de nós literalmente. Portanto, tá visto que descanso não encaixa bem na minha rotina. Mas que faz falta faz, ainda para mais agora com barrigão a crescer.
E fomos bater ao mesmo assunto de quase sempre... o sono, ou falta dele!!!

quinta-feira, 14 de março de 2013

Macabro brrrrr

De há pouco tempo para cá começaste a falar da morte. Imagino que venha da escola porque não falamos propriamente da morte em casa. Tenho que averiguar o porquê de falares disso espontaneamente  sem nenhum contexto prévio... sai-te do nada... sai-te do silêncio. 
A morte é sempre um assunto que ninguém gosta. Eu, pessoalmente, recuso-me a falar cada vez que se proporciona uma conversa do género. Fujo, enfio a cabeça na areia como diz a minha mãe! Já vivi algumas mortes neste meu percurso de vida. Todas de familiares velhotes, que de alguma maneira já se esperava, sem nunca se estar preparado, a verdade é essa! Todas excepto uma, uma que caiu que nem uma bomba, de um familiar não de sangue mas sim de coração. O meu mano mais velho, como o chamava. Fomos criados juntos, um andar era o que nos separava fisicamente na nossa infância... os nossos pais eram amissíssimos, continuando a sê-lo até hoje! O P. era filho único... um acidente roubou-lhe a vida no auge dos seus 19 anos. Eu tinha 18 e estava no meu primeiro ano de faculdade... a mesma dele, onde ele me acolheu e protegeu nos primeiros tempos. E ainda hoje dói, dói muito... as saudades são mais que muitas. Mas no meu coração está sempre vivo... não há dia que não me lembre dele, que não fale com ele e sei que é o meu anjinho da guarda... meu e dos meus filhos. Assumo isso, sempre assumi, gosto de assumi-lo. Sei que seria um tio extremoso, orgulhoso dos seus sobrinhos!
Voltando a ti, meu filho, quando falas da morte referes-te sempre aos teus bisavós, meus avós paternos que faleceram precisamente há um ano, com três semaninhas de intervalo um do outro. Nós é raro falarmos deles, não porque tenhamos um problema com isso, não porque não queiramos, simplesmente porque não se proporciona.
Começou por, do nada, estarmos no quadro a fazer desenhos em casa dos vovós e tu ias-me pedindo para desenhar a mamã, o papá, a vovó, o vovô (naturalmente as pessoas com quem mais convives na família) e depois o vovô I. e a vovó C. (lembras-te do nome deles, como se sempre tivessem estado perto de ti). Ficámos incrédulos a olhar uns para os outros. Porque não pediste para desenhar os teus avós paternos com quem estás bem mais vezes ou com os teus outros bisas que estão vivos e com quem convives e conviveste muito mais???? Não, tinham que ser aqueles... aqueles com quem sempre tiveste menos ligação. O meu pai tirou logo fotos aos desenhos que fizemos  todo contente :).
No outro dia, a caminho da casa dos avós, íamos só os dois. Ias entretido a olhar pela janela para o céu, para as nuvens. Interrompes o silêncio "o vovô I. e a vovó C. estão no céu nas nuvens com o gigante"; "ai sim filho, porquê?"; "porque estão morridos e foram para o céu para ao pé do gigante" (que presumo ser o gigante do João Pé de Feijão). Mas como é possível, tinhas dois anos, nunca te contámos que os bisas tinham morrido, não fazia sentido... ainda eras muito bebé! Como é que sabes?? Estranho, estranho, estranho. Ontem na hora de dormir e depois de termos contado a história (ontem foste tu que contaste a história e muito bem diga-se), já na fase de adormecer: "mamã, o vovô é gordo"; "qual vovô filho?" (são os dois, sendo o meu sogro obeso mesmo); "o meu vovô, mamã!"; "oh filho, tu tens dois vovôs, o J. e o Z."; "o vovô J. (o menos gordo lol), poque eu já não tenho o vovô I. que já morreu e foi para o céu!". WTF, mas que obsessão é esta com o vovô I. A sério, isto está-me a deixar meio inquieta. Só me lembro daquele livro que nunca li, mas que sei que existe de um miúdo que sente coisas, que tem poderes extra-sensoriais. E logo eu que não acredito em nada dessas coisas, sou uma céptica de primeira. GOD! E ainda por cima, a morte é realmente um assunto que as crianças a uma determinada altura abordam, mas por volta dos 5 anos, raramente aos 3.
Tenho que falar com a educadora dele sobre isto, talvez haja um contexto escolar que eu não estou a par (dúvido, mas pronto). Mas ela está de férias. Quando voltar tá registado para tema de conversa.
E isto são as histórias que me lembro agora de repente porque há mais.

quarta-feira, 13 de março de 2013

"Homem-anha"

É como te referes ao homem aranha quando dizes muito depressa. Depois páras e repetes muito bem... não por algum reparo que façamos, mas porque tu próprio queres dizer bem dito. Andas numa onda agora de querer dizer as palavras correctamente. Sempre foste bom falante e desde muito pequenino que te fazes entender muito bem. Expressares-te nunca foi problema, já o andar demorou, ui se demorou. Mas é assim mesmo, há que respeitar os ritmos de cada pessoa.
Isto tudo porque fiquei de falar do episódio do homem aranha no dia em que tiveste no hospital. Quando foste atendido a médica quis fazer-te uma data de análises para despistar eventuais diagnósticos, ou confirmá-los. Graças a Deus foram mesmo despistados. Para tal, tiveram que te tirar várias amostras de sangue, o que implicou um catéterzinho na mãozinha... até porque havia a hipótese de teres que levar medicação intra-venosa, o que também não se verificou. Antes de te porem o cateter puseram um spray anestesiante para atenuar a dor e, sabendo de ante-mão que iria doer na mesma, as enfermeiras fofinhas começaram a fazer o filme de que irias ficar com a mão do homem aranha de onde saem as teias para ele voar. Acabaste por fazer um chorinho durante a picada, mas foste um valente e passou rápido e daí a encarnares o papel de homem aranha foi um piscar de olhos. Quando chegaste ao pé de mim vinhas com a disparar as tuas teias de aranha e eu ao ver o aparato desato a chorar, a imaginar o pior "tem cateter, é grave, vai ficar internado". Enfim... filmes à parte e diagnóstico feito viemos para casa. Não deste conta porque depois de análises e rx adormeceste. Não reparaste nem sentiste quando te tiraram o cateter. Deixaram só a rede que protege o instrumento e ainda bem porque o filme foi brutal e dramático quando, já em casa, acordaste e automaticamente viste que já não tinhas a coisinha azul e que já não eras o homem aranha. Mais de duas horas de birra, MESMO... ININTERRUPTAS!!! Eu já estava sem paciência. Já desejava que a merda do cateter tivesse vindo para casa... que parvoíce de pensamento. Mas no momento tudo nos passa pela cabeça!! Ainda tentámos meter os acessórios do boneco que tens do dito que te ofereceram no Natal na tal rede, mas não eram azuis... tentei inventar que ia comprar tinta azul para pintar aquilo, simulei que ligava para todos os hipermercados a perguntar se tinham tinta azul, nenhum tinha... ainda parecia que ias cair no filme mirabolástico que estava a fazer, mas não, o choro continuava "e já não sou o homem aranha", "e já não sou o homem aranha"... não eras capaz de dizer mais nada. Como te conseguimos acalmar??? Pondo o filme do homem aranha... a mais recente versão em inglês... não tinha importância não perceberes nada... o que interessava era que aquele era O FILME do teu herói do momento. A tal rede que trouxeste ainda durou na tua mão dois dias... não a largavas por nada!! Ficou imunda, mas valeu também para te acalmares!!
Foi assim... mais um episódio na tua vida, na nossa vida! É para isso que cá estamos :).

segunda-feira, 11 de março de 2013

Por cá

Ando cansada, muito cansada, anormalmente (penso eu) cansada. O cansaço, naturalmente, leva à falta de vontade para fazer coisas, sendo escrever uma delas... a leitura ainda não foi afectada. Tenho-me resumido a fazer o estritamente necessário do dia-a-dia. E hoje está-me a invadir uma sensação que me leva a pensar "será que estou a ficar doente?"... garganta e ouvidos a latejar, a sign... no??
Enfim nesta última semana e uns dias muita coisa se tem passado.
Eu e filho lindo ficámos em casa uma semaninha fechadinhos, resultado do episódio longamente relatado no post anterior. Os resultados foram os esperados e o fofinho recuperou na totalidade e, até ver, sem recaídas e, espero, que assim continue. Foi um drama mantê-lo o mais sossegado possível, mas fiz o meu melhor e não foi mau. Fizemos muitos puzzles, desenhámos muito, pintámos muito, jogámos muito, brincámos muito com carrinhos, vimos muitos filmes, lemos muitos. E só não fiz mais tarefas que já tinha estipulado porque eu própria, a meio da semana, às 2 e pouco da manhã sou acordada por uma dor lacinante nas costas que levou a que o papá faltasse ao trabalho (entrava às 3:30 e jamais me deixaria sozinha não me fosse dar um afanico e filho fofo ficasse desamparado), levou a que passado duas horas a tentar com que me sentisse melhor chamássemos os vovós (santos papás que eu tenho, são tudo para mim) para que viessem ficar com o V. para que eu pudesse ir ao hospital. Afinal o papá é que ficou com o filho e fui acompanhada pelo meu papá. No meio disto ainda bem que foi a meio da noite, o hospital estava deserto, fui logo atendida e muito bem, diga-se! Após observação da mamã e do bebé, está tudo bem com ambos... simplesmente a mamã anda com contracções fora do tempo, o que não pode acontecer com a frequência e intensidade com se verificaram. Recomendação de repouso, magnésio e de consultar a minha médica assistente o quanto antes e na mala levei um supositório para o caso de me voltar a dar uma tão forte (o que não aconteceu). No dia seguinte fui falar com a minha médica que me dobrou a dose de magnésio e pronto. Essa semana portanto como já estava mesmo de baixa por causa do miúdo, tentei repousar o máximo possível quando se tem uma cria de 3 anos em casa enclausurada, coitada, que todo o santo dia me perguntava se podia ir à rua. Desde aí que o meu bem estar está comprometido porque a par das contracções (das quais me sinto ligeiramente melhor), não me tenho sentido bem fisicamente, tonturas, indisposição, alteração na visão, cabeça aluada, palpitações... uma panóplia de sintomas e estou convencida que é a tiróide que anda a fazer das suas. Falta a confirmação da análises que a médica mandou fazer também. Fiz na sexta e devem chegar hoje ao meu mail. Fiz também o teste da glicémia, o que também me deixa ansiosa, tenho muito medo das diabetes gestacionais. A ver vamos.
Agora sobre o meu D.. Fizemos a eco morfológica do 2º trimeste e vimos-te a 3D. Com o mano não fizemos a 3D, mas contigo decidimos em conjunto com a Dra. M. que sim, dado o meu estado de ansiedade. Daria para ver tudo ao pormenor e o médico que faria a eco é exemplar... e eu que já tinha ouvido falar muito dele, bem diga-se, fiquei fã. Adorei o sr.. De uma atenção extrema...e aliás foi quem me detectou as contracções durante a eco no dia anterior ao episódio do hospital. Tu!! Tu és lindo, o que é que eu posso dizer e parece-nos que és muito parecido com o mano. O médico achou que tinhas cara de maroto (tal e qual o mano, portanto). Brindaste-nos com um sorriso. Foi emocionante! Amei, amei, amei. Está tudo bem com pimpolho mais novo. Está com o tamanho de uma semana a mais da "data oficial", ou seja, está grandito, a crescer muito bem. A minha placenta é grande e maravilhosa (palavras de Sr. Dr.) e está a fazer o seu trabalho na perfeição. Saí de lá radiante por te saber bem meu bebé. O médico diz que estavas com um ar feliz e satisfeito (como é que ele consegue avaliar isso não sei, mas se ele diz, o que é que eu posso fazer :) ) e que isso é muito bom sinal!
Ao menos estou cansada e acabada mas feliz! Feliz por ver os meus filhos felizes e BEM!!

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Friday bloody friday

Sexta feira, tudo aponta para um final de semana normal. Papá acordou de madrugada e foi trabalhar. Nós dormíamos. Acordámos à hora normal, enquanto eu me arranjava tu, como sempre, vias televisão na nossa caminha (isto quando já não dormes). Mamã prontinha, parte para preparar o filho. Pimpolho vestidinho, fui para a cozinha preparar o pequeno almoço, enquanto filho acabava de ver um episódio do Jake e os Piratas. Acabou e filho decide, naturalmente, dirigir-se para a cozinha para se alimentar. Começo a ouvir uns gemidos, misturados com uns "aiiissss" e choro a ameaçar chegar. Fui ter com ele, estava no início do corredor, a dizer que lhe doía muito a perna e não a punha no chão. O miudo estava bloqueado sem conseguir dar passo. Massagei a perna e pareceu melhorar. Foi sozinho para a sala (sala e cozinha são 1 só). Sentou-se na mesinha dele. Comeu e quando se levanta outra vez o mesmo cenário... massagei novamente e melhorou. Aquilo não me estava a parecer nada bem. Fomos para a escola e avisei a educadora. Pedi-lhe que me ligasse se não passasse nas próximas horas ou se achasse que estava a piorar. Fui para o trabalho, angustiada com aquilo. Liguei ao papá a pedir para que quando saísse do trabalho passasse na escola para ver como estava filho-lindo. Nisto, a meio da manhã estava eu no meu local de trabalho, no meu computador quando começo a ver as coisas às ondinhas. Parei, tirei os óculos, esfreguei os olhos e nada. Enconstei-me, fechei os olhos uns minutos... abri... igual. A coisa não estava a melhorar até pelo contrário, parecia que ia piorando devagarinho. Decidi ir para casa descansar. Cheguei a casa deitei-me automaticamente no sofá, fechei os olhinhos e quando os abri tinha passado. Deitar foi remédio santo. Continuei deitadinha e 15 minutos volvidos aproximadamente, chegam pai e filho. Filho não estava nada bem tadinho. Papá chegou na altura certa à escola... a educadora diz que foi transmissão de pensamento porque ia ligar nesse preciso momento. Papá mediu-me a tensão, estava ligeiramente baixa, pelo que presumimos que possa ter sido uma quebra de tensão. Mas está registado para falar com a médica (não é a primeira vez que isto acontece). Bom decidimos almoçar antes de ir para o hospital com filho-querido, para não andarmos stressados depois com comida. Lá fomos. Entrou para a triagem com o pai. Decidimos que ficaria eu cá fora. Uma vez que só pode entrar um, logicamente teria que ser o pai. Filho não anda, tem que estar sempre ao colo e eu, no meu estado de graça, não convém, nem consigo durante muito tempo. Para além do mais pensámos que possivelmente teria que ir ao rx e também não poderia ser eu a acompanhá-lo. Portanto pai acompanhá-lo-ia no processo todo. Foi a primeira vez que não fui eu. Não gostei e fiquei triste. Gosto de ser eu a explicar, a ouvir. Mas papá esteve muito bem, fiquei muito orgulhosa. Na triagem a enfermeira torceu o nariz à perninha do "príncipe dos olhos azuis", como o apelidou... aquilo que pensávamos que pudesse ser um jeito qualquer (andou a correr e a atirar-se para  chão no dia anterior no trabalho do pai), ela achou que pudesse ser uma coisa mais séria. Foi-lhe atribuída a cor laranja... ia ser visto brevemente, e realmente foi chamado poucos minutos depois. Pai disse-me que foi ele que explicou tudo à sra. enfermeira na triagem... contou tudinho e papá não teve que fazer grandes ajustes... um homenzinho portanto. Depois de serem consultados e feitos alguns exames, vêm ter comigo para me dar notícias e dizer que iam agora ao rx. Filho chega perto de mim com a mão azul e branca (foi o que me saiu à vista) e a dizer que era o homem aranha. Era um cateter que utilizaram para tirar sangue. Eu dramática como sou, começo logo a fazer grandes filmes "e porque é que lhe puseram um cateter" "deve ser grave, senão tinham tirado só sangue... porque é que isso ficou?" "vai ficar internado", "mas o que o médico disse???". Estava inconsolável, apesar da boa disposição do filho. Pai, sempre calmo, tentava acalmar-me, parecia eu a criança. já que filho se portou exemplarmente segundo o pai. Só chorou e pouco, quando o picaram. Lá foram para o rx e voltaram para perto de mim até serem chamados novamente para se saber o resultado dos exames. Lá me acalmei e filho acabou por adormecer ao meu colo. Foi chamado algum tempo depois e lá foram os dois. Eu, morta de ansiedade, tentava controlar-me, até que por uns minutos me abstraí mesmo a tentar ajudar um pai que estava sozinho com o filho de um ano mais ou menos que não parava de tossir e vomitar... o senhor tentava desdobrar-se em mil, com filho ao colo, mais um liquido que lhe tinha que dar de 5 em 5 minutos, no meio tinha que ir à casa de banho com o miúdo, mas queria levar o telemóvel e as coisas de valor... nunca se sabe quem está ao nosso lado, é verdade. E ofereci-me para ajudá-lo, coitado, começou automaticamente a agradecer e a desabafar comigo... devo ter escrito na testa a profissão que exerço... ou as pessoas adivinham. Brincadeirinha... foi uma reacção normal do homem... isso ou dizer que não precisava de ajuda. Pronto. Passado algum tempo e já numa fase mais calma do rapazinho de um ano, sai pai-lindo e filho-fofo. Dei um salto da cadeira. "Já não traz o cateter", observei logo. Diagnóstico... infecção respiratória alta e sinovite transitória da anca. Ficámos admirados com a infecção respiratória. O certo é que era assintomática mas todos os sintomas poderiam aparecer ainda e a qualquer momento (até ver, não se manifestaram). Como já está a ser medicado talvez não apareçam, mas viemos com o aviso que pode acontecer. Quanto à perna, indicações de muito repouso (how, my god how???), vigilância e anti-inflamatório. Despedi-me do senhor do menino pequenino e viemos embora. Papá diz que fiz muitos amigos. Filho acordou no dia seguinte como novo... a sentir-se como novo aliás. E agora como fazê-lo ficar de repouso. Big task!! Agora é pôr a cabecinha a trabalhar e pesquisar ideias para fazer actividades não físicas com ele em casa na próxima semana. Já estipulei algumas, mas faltam mais... ajudas portanto são sempre bem vindas ;)
Next drama... "Já não sou o homem aranha!!!!", mas com dramas destes posso eu bem... venham muitos destes e o mínimo ou nenhum, de preferência, dos de cima.
Já conto... já conto!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Tem que ser dito

Há blogs que me inspiram e me dão uma vontade automática de mandar tudo para o ar, sair desta minha cadeira, desta secretária, deste computador, deste gabinete, deste sítio... ir para casa, abraçar o meu amor (que por acaso hoje está de folga), arregaçar as mangas, arrumar, organizar, renovar tudo, pôr em marcha ideias e ideias que fervilham nesta cabecinha... rumar noutra direcção. Depois acordo deste meu mundo virtual que me encanta e assento os pés no chão... tem que ser! Mas fico sempre com a pergunta na cabeça... se tanta gente consegue, eu não conseguiria??? Um dia! Não deixo de acreditar... um dia sigo as minhas vontades... os meus sonhos... um dia! Por enquanto continuo com os meus encantamentos e inspirações! Um dia quando decidir seguir em frente agradeço a todas as minhas inspirações. Um dia vão saber que existo e saber que em parte foram elas que me fizeram lutar e mudar... um dia... um dia!

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

*momentos únicos*

Logo pela manhã fiquei como coração quentinho quentinho <3

Mamã - "Filho, hoje é dia dos namorados. Quem é a tua namorada?"

V. (a contar pelos dedos da mão) - "É a mamã, o papá, a vovó e o vovô".

Delíciaaaaaaaa <3

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

O meu herói

Em vez de ser o Peter Pan é o meu V. Pan
My hero


Barriguinha

Às 20 semanas e 5 dias
Eu e D.


<3

A prova :)

A prova do crime do meu-mais-novo, que já tem nome (escolhido pelo mano)... começa com D, como o meu :)
Às 20 semanas e 4 dias, finalmente o rapaz revelou-se.

"Here comes your man"

Neste caso... here comes my man, one more!!! É mais um pilinhas :)


Para além de adorar esta música que me remete para os meus tempos áureos de adolescente "ganda maluca", no momento adequa-se muito bem à situação vivenciada dentro da minha belly :)

Pixies "Here comes your man"

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Altos e baixos

Moi meme anda com as hormonas ao rubro. Tão depressa estou às gargalhadas, como estou a chorar baba e ranho. Tão depressa estou bem disposta, como estou aos berros a chatear-me (principalmente com partner) com coisas que não fazem sentido nenhum (algumas fazem, tenho que dizer).
O ambiente conjugal em casa não tem sido dos melhores MESMO! Em parte a culpa é minha, sei disso, mas ele também tem a sua quota parte, e que quota (no meu ponto de vista, claro). Fazendo agora as queixinhas: não tem uma atenção extrema comigo, coisa que poderia acontecer uma vez que carrego nosso filho com muito amor; é notório que se esquece que estou grávida, mesmo sendo cada vez mais evidente; não prescinde de algumas coisinhas DELE e só DELE para o bem do núcleo familiar... e acabo por me sentir triste e magoada por esperar mais dele. Não devia... eu sei, já o conheço e sei como é e funciona, mas às vezes gostava só que fosse um bocadinho mais preocupado e atento às minhas necessidades agora nesta fase que admito me armo mais em vítima porque quero mimo, mas principalmente porque preciso de descansar, é verdade preciso mesmo. Filho continua no registo nocturno dele e eu preciso de descanso, é uma necessidade que eu sinto e que pesa cada vez mais. Esta parte não é fita, MESMO. Ele, marido, tem horários maquiavélicos, fins de semana de folga são raros, um dia entra às 3:30, noutro às 7:30, noutro ao 05:00, noutro às 4:30 e, por muito que lhe custe, há sempre dois dias na semana, as suas folguinhas, em que pode estar à vontade, sem berros de mulher histérica e sem birras de filho. As minhas folguinhas coincidem com folguinhas de filho SEMPRE, portanto quem acaba por não ter folguinhas sou eu... o descanso de marido e filho não existe. Não me interpretem mal, mas um tempinho só para mim, nem que seja uma horinha faz milagres numa semana inteirinha. Eu deito-me mais cedo que ele, ele perde-se em computadores e afins. Quando eu finalmente entro no meu sonhinho, acordo com ele a deitar-se, depois acordo com o despertador dele às 3 da manhã, depois para voltar a adormecer é um filme, quando estou a entrar no sono, filho-lindo-mas-que-não-dorme acorda, "mãaaaaaaeeeeeeeeeee" "hãnnnnn?????" "posso ir pá tua cama" "pooooodes", e lá vem ele (e posso dizer que neste ponto melhorou muito, já não me levanto tantas vezes, às vezes nenhuma, agora é ele que vem ter comigo/connosco), chega à cama, quer dormir agarrado a um e a dar pontapés ao outro, ou agarrado a mim e a dar-me pontapés quando estamos só os dois. E gerir isto com outro filho no ventre??? Estou sempre agarrada à barriga a tentar protegê-la porque nem sempre consigo estar de costas porque me começam a doer dos "n" pontapés que levo ou dos "n" puxões de cabelo que levo, ou começa a doer-me a perna por estar sempre virada para aquele lado. Enfim, estão a ver a saga que é a noite naquela casa, naquele quarto. Percebem porque preciso descansar e ter umas horinhas minhas??? É que nem as horinhas do MEU sono são só minhas!!! E isto sim, custa muito... abstinência de sono! E sim, é o meu maior receio que pimpolho-que-está-na-barriga seja idêntico .. não sei se conseguirei gerir tudo. Amo meus filhos, tive-os porque quis e quero... não trocava nada disto, porque se tem que ser assim, então será, mas que há momentos desesperantes há... mesmo! Principalmente quando às vezes me sinto mãe solteira sem o ser, mais valia ser... era menos um filho... o que me dá mais trabalho é o que deveria ser pai e partilhar. Mas também tenho que reconhecer, parece contraditório eu sei, ele é, é um bom pai, faz muito em casa, não digo ajudar porque esse conceito em casa para mim não funciona. Os dois partilham tarefas...não é o homem que ajuda em casa. Isso para mim não dá e nisso funciona bem, muito bem, digo. Mas o trabalho dele, mais o vício dele em tecnologias e o vício no clube do coração dele, fazem com que muitas vezes por vezes negligencie (no meu ponto de vista, é claro, isto é só a minha versão dos factos) o bom ambiente e harmonia familiar. As queixinhas já vão longas, mas fizeram-me bem. Não o faço muitas vezes porque não seria este o objectivo deste blog, mas começo a perceber que me ajuda e me faz ficar mais leve (giro, logo agora que estou cada vez mais pesada... isso dará assunto para um novo post). Enfim, temos conversado e temos ambos feito esforços para melhorar, afinal o amor ainda anda no ar. Depois venho cá contar o que andámos a fazer e parece estar a resultar... devagarinho :).

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

18 semanas e 4 dias

Tenho que fazer o meu diário de gravidez :). Do filho mais velho não fiz e tenho pena. Tenho alguns apontamentos que fiz na minha agenda e nada mais.
Falando agora do meu estado de graça, que, admito, não tem sido até agora muito falado, neste caso escrito.
Realmente e falo por mim, as gravidezes são mesmo diferentes. Relativamente ao primeiro trimestre, enquanto que do V. não tive qualquer tipo de sintomas... nada de nada, deste a história já é outra. Alguns enjoos, mas nada também muito forte, tensão mamária de bradar aos céus (GOD), 0 ganho de peso nos primeiros 3 meses (o que na minha perspectiva é fantástico), uma soneira desgraçada, bem como uma preguiça desmesurada e boa disposição. Agora já no segundo trimestre as gravidezes começam a assemelhar-se... alterações de humor brutais, exactamente como na primeira (aliás acho que deste estou um pouco pior) e azia (embora tenha ideia que do V. tenha vindo mais tarde). A barriguinha parece-me diferente também. Esta semana deu um salto, já se começa a notar. Do primeiro parecia-me mais redondinha, deste parece querer empinar mais, embora saiba que ainda é cedo. Mas como toda eu sou uma bolinha quem está de fora não nota cá se é mais empinada ou não... só nota que tá ali uma barriguita a querer sair da casca.
Ansiedade é o que mais me tem acompanhado nesta jornada. Nunca pensei, aliás pensava que seria bem mais calma, mas a médica diz que é normal! Numa primeira gravidez as mamãs não sabem ao que vão e estão mais preocupadas com o parto. Na segunda como já viveram tudo, centram-se mais na gravidez e acabam por estar mais alertas a qualquer coisa. Não sei se me disse isto numa tentativa de me relaxar ou se é mesmo verdade... a mim fez sentido, mas não provocou muitas alterações ao meu estado. Ainda para mais quando há cinco meses aconteceu o pior que pode acontecer a uma quase mamã, que por acaso é minha mana do coração, e que nos provoca por si só receios e mais receios, dúvidas, angústias, enfim (disse na altura que um dia falaria aqui desta situação, mas a verdade é que não sei se alguma vez o farei).
Portanto às 18 semanas estou assim: refilona, preguiçosa, impaciente, chorona, ando mesmo insuportável. Estou farta do meu trabalho, o partner leva com tudo, andamos a discutir imenso... isto por cá não está fácil, mas talvez passe, tenho mesmo essa esperança.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

*músicas do momento*

Esta toca e toca e toca e toca e eu não me canso... simplesmente adoro!!


e esta também gosto muito, mesmo muito...


A dúvida continua...

E na consulta de ontem soubemos que a nossa cria está muito bem e recomenda-se. O resultado do rastreio ainda não se sabe. Fui fazer a segunda fase na semana passada e só deve estar pronto na semana que vem. A médica liga-me no caso de haver algum problema, senão mantém-se no silêncio. Claro que se receber alguma chamada o meu coração vai, simplesmente, parar. Enfim, pensamento positivo.
Depois de sabermos que o nosso mais novo está bem, vem a curiosidade. Sexo, qual o sexo da cria. O baby que na eco do rastreio colaborou imenso e escarrapachou-se todo (simplesmente era cedo e não dava para perceber bem ainda), desta vez mostrou-se mais tímido e reservado e cruzou muito bem as pernas. A médica bem que tentou que ele mudasse de posição, uma querida. Ia conseguindo, mas nunca uma visão clara. Pareceu-lhe ver qualquer coisa parecido a uma pilita, contrariando as suspeitas iniciais, mas depois a própria estava com dúvidas, não deu certeza nenhumas... e eu fiquei desiludida por não haver certezas... tou com uma curiosidade de morte. O importante é que está bem, a desenvolver-se bem... nada que pague isto... é sempre uma sensação de felicidade enorme quando saímos da consulta sabendo que está tudo como deve estar... hhuuuuummm. Eu, confesso, estou sempre à espera da próxima consulta. Conto os dias. Já na primeira gravidez era igual.
Agora, aqui digo que vamos já desfazer as dúvidas e optámos por fazer um exame, através de uma simples recolha de sangue à minha pessoa. Basicamente analisa-se se na corrente sanguínea da mãe existe o cromossoma Y. Se sim então é menino, senão será uma menina. É um teste que se pode fazer a partir da 8ª semana e é 99% fiável. É uma parceria que a crioestaminal tem com o laboratório onde faço e sempre fiz as minhas análises. O valor é puxadote, mas no acto do pagamento é-nos dado um vale no mesmo valor para gastarmos na crioestaminal. Ora, como já do mais velho fizemos a preservação das células nesta empresa, neste filho a escolha recairá logicamente pela mesma, logo o teste irá ficar a custo zero. O resultado estará pronto em 5 dias úteis top. Não vamos esperar... e para a semana conto ter novidades! Let's wait and see :)
Palpites???
Ahhhh, contamos com 16 semanas e 5 dias de barriguita :)

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Dilema

Com a vinda do filho mais novo e ainda na incerteza se vem mano ou mana (hoje temos consulta, talvez já dê para desvendar), surgiram-nos me algumas ideias para a nossa casa, mais propriamente para o quarto dos pimpolhos.
Temos um T4, que de momento está disposto da seguinte maneira: quarto dos papás, quarto do filho, escritório e quarto de hóspedes, mais conhecido como quarto do tio, por ser basicamente dele quando vinha da capital nas suas folgas. Agora arranjou uma cachopita e quando vem pernoita na sua casa. Ainda que fosse e continua a ser o quarto do tio, também é lugar de "meter tralha" e é para onde a roupa vai depois de tirada do estendal e onde fica (eternamente) depois de passada a ferro. O escritório serve de arrecadação. Tudo o que é merda vai para lá. Está fechado e ninguém está autorizado a entrar. Tenho muita vergonha do estado daquela divisão, aliás quase da casa toda, mas pronto, faço os possíveis para pô-la à minha maneira, que tento que seja minimalista, mas é impossível. Para se ter uma noção, quando nos mudámos para lá (agora vou ter que divagar para se perceber o estado da minha casa), que relembro é um T4, estava com as divisões todas, repito todas, cheias de coisas (como UMA pessoa consegue ter tanta tralha, credo)... a casa foi comprada pelo meu companheiro ainda solteiro (mas já a pensar num futuro familiar, como se percebe pelo número de divisões) e sem ainda nos conhecermos (sim, comigo nunca teria comprado AQUELA casa). Aliás, acho que já expressei por aqui o que sinto em relação à "minha" casa, que de minha não tem nada e hoje arrependo-me de termos decidido ir para lá viver... apartes, enfim!
Com a vinda desta segunda cria, a casa vai ter que tomar um rumo e vai ter que ser à minha maneira, porque quem sofre sou eu e à dele tá visto que não dá... o ideal é à nossa maneira, mas por ele à minha maneira é à nossa maneira (passividade é o nome do meio dele, infelizmente). A confusão e desorganização a ele não incomoda (deve fazer mesmo parte dele), mas eu não suporto e sofro com isso, portanto adeus casa caótica e olá casa à minha maneira.
Continuando...
Pensei em por os piriquitos a dormir no mesmo quarto, independentemente do sexo da cria mais nova e noutro fazer um quarto de brincar. Quando o mais velho começar a pedinchar um espacinho só dele será feita sua vontade e cada um ficará com o seu quarto. Enquanto são pequis não vejo porque não fazer deste modo e, em vez de ter dois quartos caóticos terei só um o outro só terá as caminhas e pouco mais, será mais fácil de manter em ordem. Isto é a minha maneira de pensar, se calhar não é a melhor, mas é a minha. Pai concordou com a sugestão e restante família (sangue e coração) também e sua opinião é fundamental também na decisão. Ainda não está decidido, mas quase! Ainda estamos a pensar como arrumar o escritório/arrecadação e se fazemos daquele o quarto de brincar e ficamos sem escritório... é que na prática, como tá visto, não utilizamos o escritório para desempenhar as suas funções e seria uma óptima oportunidade para DE UMA VEZ POR TODAS acabar com o que se passa lá dentro. E só de pensar que posso vir a ficar com uma casa organizada e arrumada fico logo com outro ânimo. Deixa-me mesmo muito triste, cansada e desmotivada ter a casa no modo como está. E agora com a ajuda da minha preciosa família completa, vai ser arregaçar mangas e começar a trabalhar :). Yeeeaahhhh vai ser desta :)

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Andas que é um mimo...

"Minha linda", "minha querida", "minha fofinha", "coração", "amor", são expressões constantes agora na tua linguagem! "Fofinha, adoro os teus corações"... não percebi o que é que querias dizer com isto, mas soube bem ouvir, se soube!!! Claro isto acompanhado de xi-corações e beijinhos! Fofinho e amor até assumo-me 100% "guilty"... saem-me da boca a cada segundo. O resto deve trazer da escola! Acho uma ternurinha! Adoro que sejas mimoso! É que, verdade seja dita, nunca foste muito de lamechices, ao contrário de mim, que adoooooro! Mas sempre tiveste os teus momentos doces, principalmente ao deitar e acordar. Durante o dia, a energia consome-te demais para teres momentos desses, por norma, claro! Mas agora é uma roda viva de elogios e mimos! Love it! A fase das birras e bater o pé e gritar e espernear está, pelos vistos, a passar, thank god! Estava a ser por demais... às vezes apetecia-me sair porta fora, já não te conseguia ouvir... fuzilem-me vá, mas é a verdade! Há momentos complicados, essa é que é essa e estávamos assim, numa constante de momentos assim! E agora isto! É bom, muito bom!
"Minha fofinha querida" huuummmmm.

E quando...

... mamã e papá não estão de acordo em NENHUM, repito, NENHUM nome para a cria. Venha fêmea ou macho o problema é geral!! Epá, sei que ainda falta, mas porra, é sempre discussão certa! Já com o pimpolho o problema também se pôs, mas era relativo aos apelidos... só conseguimos decidir no momento do registo e porque tinha de ser. Claro que houve alguém que não ficou muito satisfeito... EU!! Mas agora vou bater o pé... ai vou vou!!!

:)


quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

A nossa passagem de ano

Com os nosso planos iniciais a saírem furados (a nossa família do coração de Viseu que era para vir cá passar connosco, não conseguiu vir), adaptámo-nos e passámos com a nossa família de coração da terra mesmo. Foi muito muito bom! Ri-me como há muito não ria! Tu ficaste com os avós, onde nós íamos não era ambiente para ti... a maioria não tem filhos, logo o espírito é outro e confesso que foi uma noite muito bem passada e a melhor opção que tomámos. Loucura e abardinanço total, não fosse o meu estado de graça também teria entrado mais na loucura... ficaram a faltar uns copitos, essa é que é essa, mas não hão-de faltar oportunidades... mas o certo é que a festa puxava por isso. Foi mesmo bom... um ambiente de loucura "sana", como tantos que tive antes de embarcar na maternidade e que sinceramente, às vezes sinto falta, não morro por isso, mas sim às vezes sinto falta... shoot me! Sei que ficaste bem, aliás melhor não poderias ter ficado. Pelo que os vovós e a tia me contaram, estavas eufórico, felicíssimo, excitadíssimo, e acordadíssimo, tanto que às duas da matina, já todos queriam dormir e tu, aos saltos no sofá a dizer que querias ver bonecos... o máximo! Fartaste-te de brincar com a M., a tua priminha, estavas confortável, seguro e protegido... os ingredientes que eu precisava (e preciso sempre) para eu própria conseguir estar bem e conseguir divertir-me! O papá que tinha entrado às 3:30 da manhã do dia 31 é que não conseguiu aguentar mais e viemos embora... eu por incrível que pareça estava mais desperta que desperta .. logo eu que basta encostar-me a um canto para cair logo num soninho.
Foi bom... foi mesmo muito bom :)

O nosso Natal

Na impossibilidade de ter cá vindo nestes dias e depois de transmitidos os votos de feliz 2013 já posso actualizar este meu cantinho.
O nosso Natal foi felizmente igual a todos os nossos outros Natais... ou seja maravilhoso! Todos juntos e isso é a maravilha de tudo! Tu estavas eufórico, excitadíssimo, foi o primeiro Natal que viveste a magia toda, no ano passado ainda eras pequenino para perceber. Os teus olhos brilhavam. Perto da meia-noite levámos-te lá para cima, pusemos todos os presentes debaixo da árvore, tocámos à campainha (sim dissemos-te que o pai natal não cabe na chaminé da avó, portanto toca à campainha), o papá soltou um grande OH OH OH FELIZ NATAL, tu vieste com o tio a correr lá de cima para ver se conseguias ver ainda o pai natal, mas acabado de descer as escadas a porta fechou-se e o pai natal voou com as suas renas... claro que a tua cara ao ver as imensas prendas que o fofinho de vermelho deixou é impagável e sem descrição. Ficaste eufórico (mais ainda), os olhinhos azuis quase que te saltavam das órbitas, o máximo... eu no meu estado de graça e com as hormonas aos saltos não pude deixar de conter as minhas lágrimas que, por si só, já são fáceis de cair. Tu eras a felicidade no seu estado mais puro...
No dia de Natal lá viemos nós rumo a sul para estarmos com a família do papá. Para mim é sempre um momento nostálgico, mas tem que ser e o que tem que ser tem muita força. Não é que não goste, nada disso e até pelo contrário, mas o Natal em Lisboa tem um encanto diferente... just me expressing myself :).
As prendas para ti foram mais que muitas, no dia 26 fiz nova razia nos teus brinquedos... já tinha feito uma antes do natal como faço todos os anos, mas tive que fazer outra... são mesmo muitos!
O mano/mana, na altura com 14 semaninhas não recebeu nada de nada. Quando foi de ti, recebi algumas e tinhas poucas mais semanas que ele/ela. Realmente as diferenças do primeiro para o segundo filho começam logo na gravidez. Não me incomoda nada... como tenho tanta coisa tua, e mais ainda agora com a quantidade de primos que tiveste entretanto, nada há-de faltar ao meu mini-me-mais-novo. Claro que hei-de comprar algumas coisinhas e com certeza que me irão oferecer, mas foi uma boa opção da família não ter comprado nada. Este ano terá os seus direitos :)
This was it... perfect :)

Antes de mais...