terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Altos e baixos

Moi meme anda com as hormonas ao rubro. Tão depressa estou às gargalhadas, como estou a chorar baba e ranho. Tão depressa estou bem disposta, como estou aos berros a chatear-me (principalmente com partner) com coisas que não fazem sentido nenhum (algumas fazem, tenho que dizer).
O ambiente conjugal em casa não tem sido dos melhores MESMO! Em parte a culpa é minha, sei disso, mas ele também tem a sua quota parte, e que quota (no meu ponto de vista, claro). Fazendo agora as queixinhas: não tem uma atenção extrema comigo, coisa que poderia acontecer uma vez que carrego nosso filho com muito amor; é notório que se esquece que estou grávida, mesmo sendo cada vez mais evidente; não prescinde de algumas coisinhas DELE e só DELE para o bem do núcleo familiar... e acabo por me sentir triste e magoada por esperar mais dele. Não devia... eu sei, já o conheço e sei como é e funciona, mas às vezes gostava só que fosse um bocadinho mais preocupado e atento às minhas necessidades agora nesta fase que admito me armo mais em vítima porque quero mimo, mas principalmente porque preciso de descansar, é verdade preciso mesmo. Filho continua no registo nocturno dele e eu preciso de descanso, é uma necessidade que eu sinto e que pesa cada vez mais. Esta parte não é fita, MESMO. Ele, marido, tem horários maquiavélicos, fins de semana de folga são raros, um dia entra às 3:30, noutro às 7:30, noutro ao 05:00, noutro às 4:30 e, por muito que lhe custe, há sempre dois dias na semana, as suas folguinhas, em que pode estar à vontade, sem berros de mulher histérica e sem birras de filho. As minhas folguinhas coincidem com folguinhas de filho SEMPRE, portanto quem acaba por não ter folguinhas sou eu... o descanso de marido e filho não existe. Não me interpretem mal, mas um tempinho só para mim, nem que seja uma horinha faz milagres numa semana inteirinha. Eu deito-me mais cedo que ele, ele perde-se em computadores e afins. Quando eu finalmente entro no meu sonhinho, acordo com ele a deitar-se, depois acordo com o despertador dele às 3 da manhã, depois para voltar a adormecer é um filme, quando estou a entrar no sono, filho-lindo-mas-que-não-dorme acorda, "mãaaaaaaeeeeeeeeeee" "hãnnnnn?????" "posso ir pá tua cama" "pooooodes", e lá vem ele (e posso dizer que neste ponto melhorou muito, já não me levanto tantas vezes, às vezes nenhuma, agora é ele que vem ter comigo/connosco), chega à cama, quer dormir agarrado a um e a dar pontapés ao outro, ou agarrado a mim e a dar-me pontapés quando estamos só os dois. E gerir isto com outro filho no ventre??? Estou sempre agarrada à barriga a tentar protegê-la porque nem sempre consigo estar de costas porque me começam a doer dos "n" pontapés que levo ou dos "n" puxões de cabelo que levo, ou começa a doer-me a perna por estar sempre virada para aquele lado. Enfim, estão a ver a saga que é a noite naquela casa, naquele quarto. Percebem porque preciso descansar e ter umas horinhas minhas??? É que nem as horinhas do MEU sono são só minhas!!! E isto sim, custa muito... abstinência de sono! E sim, é o meu maior receio que pimpolho-que-está-na-barriga seja idêntico .. não sei se conseguirei gerir tudo. Amo meus filhos, tive-os porque quis e quero... não trocava nada disto, porque se tem que ser assim, então será, mas que há momentos desesperantes há... mesmo! Principalmente quando às vezes me sinto mãe solteira sem o ser, mais valia ser... era menos um filho... o que me dá mais trabalho é o que deveria ser pai e partilhar. Mas também tenho que reconhecer, parece contraditório eu sei, ele é, é um bom pai, faz muito em casa, não digo ajudar porque esse conceito em casa para mim não funciona. Os dois partilham tarefas...não é o homem que ajuda em casa. Isso para mim não dá e nisso funciona bem, muito bem, digo. Mas o trabalho dele, mais o vício dele em tecnologias e o vício no clube do coração dele, fazem com que muitas vezes por vezes negligencie (no meu ponto de vista, é claro, isto é só a minha versão dos factos) o bom ambiente e harmonia familiar. As queixinhas já vão longas, mas fizeram-me bem. Não o faço muitas vezes porque não seria este o objectivo deste blog, mas começo a perceber que me ajuda e me faz ficar mais leve (giro, logo agora que estou cada vez mais pesada... isso dará assunto para um novo post). Enfim, temos conversado e temos ambos feito esforços para melhorar, afinal o amor ainda anda no ar. Depois venho cá contar o que andámos a fazer e parece estar a resultar... devagarinho :).

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